Esquizofrenia: Desvendando Mitos e Buscando o Equilíbrio

Esquizofrenia: Desmistificando Mitos e Buscando o Equilíbrio

A esquizofrenia é um transtorno mental crônico e ainda cercado de estigmas. Neste artigo, vamos desmistificar os mitos que envolvem essa condição, explicar suas causas e apresentar os caminhos possíveis para o equilíbrio emocional e funcional do paciente.

É um transtorno psiquiátrico grave que afeta a forma como a pessoa pensa, sente e se comporta. É comum que os pacientes tenham dificuldade de distinguir o que é real do que é imaginário, apresentando delírios, alucinações e alterações significativas na linguagem e no comportamento.

Apesar de sua gravidade, a esquizofrenia é frequentemente mal compreendida. Muitas pessoas acreditam, por exemplo, que quem tem esquizofrenia é violento ou possui “duas personalidades”, o que não corresponde à realidade. A esquizofrenia não é sinônimo de perigo. Com tratamento adequado, o paciente pode ter uma vida estável e funcional.

Principais sintomas e manifestações

Os sintomas costumam ser divididos em três grupos: positivos, negativos e cognitivos. Os sintomas positivos incluem delírios (crenças falsas), alucinações (geralmente auditivas), pensamento desorganizado e comportamento motor alterado.

Os sintomas negativos referem-se à diminuição ou ausência de funções normais, como apatia, isolamento social, falta de motivação e redução da fala. Já os sintomas cognitivos afetam a memória, atenção e capacidade de planejamento, dificultando a organização da rotina e das tarefas diárias.

Causas e fatores de risco

A origem é multifatorial. Há forte influência genética, especialmente quando há histórico familiar da doença. No entanto, fatores ambientais como complicações durante a gestação, infecções virais, traumas precoces e uso de substâncias psicoativas (como maconha na adolescência) também aumentam o risco.

Alterações neuroquímicas, especialmente relacionadas à dopamina e à estrutura cerebral, também estão associadas ao surgimento da esquizofrenia. É importante lembrar que o desenvolvimento da condição não é culpa do paciente ou da família — trata-se de uma doença médica complexa, como qualquer outra.

Diagnóstico e desafios

O diagnóstico é clínico, feito por um psiquiatra com base nos sintomas, histórico do paciente e observações comportamentais. Não existe um exame laboratorial que confirme a doença, mas exames podem ser solicitados para descartar outras causas orgânicas dos sintomas.

Um dos grandes desafios é que os primeiros sinais costumam surgir de forma discreta e são confundidos com estresse, mudanças na adolescência ou outras condições psiquiátricas. Por isso, o apoio familiar e a atenção aos sinais iniciais são fundamentais para um diagnóstico precoce e início do tratamento.

Tratamentos e qualidade de vida

O tratamento inclui o uso de medicamentos antipsicóticos, psicoterapia, reabilitação psicossocial e, em muitos casos, suporte familiar e terapia ocupacional. O uso regular da medicação é essencial para prevenir recaídas e manter o paciente estável.

Com tratamento adequado e uma rede de apoio sólida, muitas pessoas com esquizofrenia conseguem estudar, trabalhar, construir relacionamentos e viver com autonomia. O segredo está no acompanhamento contínuo, na adesão terapêutica e no combate ao estigma que ainda ronda esse transtorno.

Agende sua consulta

Você ou alguém próximo foi diagnosticado com esquizofrenia ou apresenta sintomas como alucinações e delírios? Agende uma consulta com a Dra. Amanda Almeida. O atendimento é humanizado, com escuta ativa, e pode ser feito presencialmente em Sorriso-MT ou online para todo o Brasil.

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Dra. Amanda Almeida

Dra. Amanda, psiquiatra formada pela UFU, oferece atendimento presencial e online em Sorriso-MT, com foco em saúde mental, cuidado humanizado e qualidade de vida.

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Dra. Amanda, psiquiatra formada pela UFU, oferece atendimento presencial e online em Sorriso-MT, com foco em saúde mental, cuidado humanizado e qualidade de vida.

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Perguntas frequentes

A esquizofrenia tem cura?

Não, a esquizofrenia não tem cura, mas tem tratamento. Com medicação e acompanhamento psiquiátrico contínuo, é possível viver com estabilidade.

Não. A maioria dos pacientes não é violenta. Essa é uma ideia errada que contribui para o preconceito e o isolamento social do paciente.

Não. Ter múltiplas personalidades é um transtorno dissociativo. A esquizofrenia é caracterizada por alucinações, delírios e desorganização do pensamento.

O uso de substâncias psicoativas, como maconha e LSD, pode desencadear episódios psicóticos, especialmente em pessoas com predisposição genética.

Sim. Com o tratamento adequado e suporte terapêutico, muitas pessoas com esquizofrenia conseguem trabalhar e ter uma vida social ativa.